God of Weapons, lançado para Xbox Series XS em junho de 2025, é um roguelike de ação que mistura caos frenético com uma surpreendente camada de estratégia. Desenvolvido pela Archmage Labs, o jogo coloca o jogador na pele de um guerreiro encarregado de escalar a misteriosa Torre de Zhor, em busca da Última Luz — a única esperança contra as forças das trevas que ameaçam consumir o mundo. Embora a narrativa seja simples, ela cumpre bem seu papel de dar contexto à progressão e à crescente dificuldade dos andares, funcionando como um pano de fundo funcional para a ação.
A jogabilidade é marcada por combates automáticos, o que pode parecer passivo à primeira vista, mas rapidamente se revela desafiador. O jogador não ataca diretamente, mas precisa se mover com precisão, esquivar-se de enxames de inimigos e posicionar-se estrategicamente para sobreviver. O verdadeiro diferencial está no gerenciamento de inventário: o espaço é limitado e cada arma ou acessório ocupa uma área específica, exigindo que o jogador monte seu arsenal como um quebra-cabeça tático. À medida que se avança pelos níveis, esse espaço se expande, permitindo combinações mais complexas e poderosas. Essa mecânica lembra jogos como Escape from Tarkov, onde o posicionamento dos itens é tão importante quanto suas estatísticas.
Visualmente, o jogo adota uma estética simples, com visão isométrica e ambientes densos e sombrios pontuados por cores vibrantes. Não é um espetáculo gráfico, mas é funcional e agradável o suficiente para manter o jogador imerso. O áudio segue a mesma linha: minimalista, mas eficaz. O ritmo acelerado e a ausência de pausas criam uma atmosfera de urgência constante, reforçada pela trilha sonora discreta que acompanha o caos.
A estrutura do jogo é baseada em runs cada tentativa é única, com fases geradas proceduralmente e mecânica de permadeath. Isso garante uma alta rejogabilidade, já que nenhuma partida é igual à anterior. Há uma variedade considerável de classes e sub-classes (12 principais e 36 secundárias), cada uma com estilos de jogo distintos, o que incentiva a experimentação. No entanto, o jogo peca pela ausência de tutoriais: o jogador é lançado diretamente na ação e precisa aprender por tentativa e erro. Isso pode ser frustrante para iniciantes, mas também reforça o espírito desafiador do gênero.
Ao final de cada run, o jogador pode acessar uma armaria onde é possível gastar o ouro acumulado em melhorias permanentes, facilitando futuras tentativas. Essa progressão fora das partidas cria um senso de evolução mesmo quando se falha, o que é essencial para manter o engajamento em jogos roguelike.
Apesar de suas qualidades, God of Weapons não escapa de críticas. Alguns jogadores apontam que os níveis podem parecer repetitivos e que o jogo, embora viciante, tem uma pegada mais próxima de um título mobile do que de um AAA. Ainda assim, pelo preço acessível e pela profundidade estratégica que oferece, ele se destaca como uma alternativa sólida para fãs de Vampire Survivors e outros bullet heavens.



