Once Upon A Puppet no Nintendo Switch é um jogo encantador em sua proposta artística, mas que sofre com limitações técnicas e falta de profundidade mecânica.
O título, desenvolvido pelo estúdio indie Flatter Than Earth, é um puzzle-platformer em 2.5D que coloca o jogador no controle de uma dupla improvável: um fantoche de madeira e o contrarregra que manipula seus fios. Juntos, eles atravessam um mundo teatral cheio de cenários fantásticos, personagens coloridos e enigmas ambientais. A estética é o grande destaque: cada fase parece um palco vivo, com iluminação e cenários que remetem a uma peça de teatro, criando uma atmosfera única e memorável.
Do lado positivo, Once Upon A Puppet entrega um visual belíssimo e criativo, com direção artística que merece aplausos. A narrativa, ainda que simples, é envolvente e consegue transmitir uma sensação de conto de fadas moderno. O jogo também acerta na duração: com cerca de 5 a 6 horas de campanha, é uma experiência curta e acessível, ideal para quem busca algo leve e diferente.
Porém, os problemas técnicos não podem ser ignorados. Diversos jogadores relataram controles pouco responsivos, bugs e até falhas graves que atrapalham a progressão. Além disso, a mecânica de “morte em um único golpe” pode tornar a experiência frustrante, especialmente em trechos mais desafiadores. O ritmo também sofre: apesar da ambientação rica, os puzzles e plataformas não evoluem muito ao longo da jornada, o que gera uma sensação de repetição. Em alguns momentos, o jogo parece mais uma bela vitrine artística do que uma aventura realmente envolvente.
Em resumo, Once Upon A Puppet é um título que brilha pela estética teatral e pela originalidade da proposta, mas que tropeça em execução. Para quem valoriza experiências visuais e narrativas curtas, pode ser uma boa pedida no Switch. Já para quem busca desafio consistente e polimento técnico, talvez seja melhor esperar por atualizações ou encarar o jogo como uma curiosidade artística, mais do que uma obra-prima.