Toree Saturn é mais uma prova de que a série Toree entende perfeitamente o charme dos jogos de plataforma rápidos, compactos e cheios de personalidade. Assim como os títulos anteriores, Toree Saturn não tenta competir com grandes produções ele aposta em algo muito mais raro hoje em dia: diversão imediata, ritmo acelerado e uma estética retrô que acerta em cheio a nostalgia sem parecer datada. No Nintendo Switch, essa proposta funciona ainda melhor, já que o formato portátil combina perfeitamente com sessões curtas e intensas.
A primeira coisa que chama atenção é o visual. Toree Saturn abraça uma estética low‑poly inspirada na era do PlayStation 1, com texturas granuladas, cores vibrantes e aquele charme “limpo e imperfeito” que marcou os jogos 3D dos anos 90. Mas, ao contrário de muitos títulos que tentam replicar esse estilo, aqui tudo é feito com cuidado: os cenários são variados, os efeitos são estilizados e a direção artística sabe exatamente quando exagerar e quando manter a simplicidade. O resultado é um jogo que parece antigo, mas se move com a fluidez de algo moderno.
A jogabilidade é o coração da experiência. Toree Saturn é rápido, responsivo e direto ao ponto. Cada fase dura poucos minutos, mas é construída com precisão: curvas perfeitas para correr, plataformas bem posicionadas, inimigos que servem mais como obstáculos de ritmo do que ameaças reais. O jogo incentiva velocidade, memorização e repetição não porque seja difícil, mas porque é viciante tentar melhorar o próprio tempo. É aquele tipo de plataforma que você termina em uma tarde, mas continua revisitando para bater recordes.
O Switch lida muito bem com tudo isso. O desempenho é sólido, com carregamentos rápidos e controles extremamente responsivos, algo essencial para um jogo baseado em precisão. Em modo portátil, a estética low‑poly fica ainda mais charmosa, e a fluidez da jogabilidade torna cada fase uma pequena dose de adrenalina. É o tipo de jogo perfeito para jogar no intervalo, no transporte ou entre sessões de títulos maiores.
A trilha sonora segue o estilo da série: músicas eletrônicas energéticas, com batidas rápidas e melodias simples, mas marcantes. Elas ajudam a manter o ritmo acelerado e combinam perfeitamente com o estilo visual. Há também aquele humor discreto e meio absurdo típico da franquia, com personagens estranhos, situações inesperadas e um clima geral de “caos fofinho” que só Toree consegue entregar.
Se há algo que pode incomodar alguns jogadores, é a duração. Toree Saturn é curto muito curto. Mas isso faz parte da proposta. Ele não quer ser um épico de 20 horas; quer ser uma experiência rápida, divertida e altamente rejogável. Para quem já conhece a série, isso não é surpresa. Para quem chega agora, pode parecer pouco… até perceber o quanto é viciante tentar dominar cada fase.
No fim, Toree Saturn é mais um acerto da série: um jogo de plataforma compacto, estiloso e incrivelmente divertido. Ele sabe exatamente o que quer entregar e faz isso com confiança, charme e uma identidade visual que se destaca no catálogo do Switch. Para quem gosta de speedruns, nostalgia low‑poly ou simplesmente quer algo leve e viciante, é uma escolha certeira.